Quando se trata de contabilidade para médicos e profissionais de saúde, uma gestão financeira adequada não é apenas uma questão de compliance.
É sim um elemento-chave para o crescimento e a sustentabilidade na profissão.
Como é possível otimizar suas finanças e garantir que sua contabilidade esteja em dia, sem comprometer o tempo dedicado aos pacientes? Compreender as nuances da contabilidade voltada para a saúde pode ser a solução para maximizar o sucesso financeiro na área.
Como funciona a contabilidade para médicos?
A contabilidade para médicos e profissionais da saúde envolve a organização e a gestão financeira das atividades clínicas. Esse processo inclui o registro de receitas, despesas e a análise do fluxo de caixa.
Os principais aspectos da contabilidade para médicos são:
- Receitas: Registro de honorários recebidos, incluindo pagamentos de convênios e particulares.
- Despesas: Controle de gastos, como aluguel, materiais médicos e salários de funcionários.
- Impostos: Cálculo e pagamento de tributos de acordo com o regime tributário escolhido, como Simples Nacional ou Lucro Presumido.
A contabilidade auxilia na elaboração de planejamentos financeiros. A partir da análise dos dados contábeis, é possível definir estratégias para aumentar a rentabilidade.
Além disso, a contabilidade para médicos e profissionais da saúde é importante para atender às exigências legais e facilitar a declaração de impostos. O contador deve ter conhecimento específico na área da saúde, garantindo que todas as particularidades do médico, dentista ou fisioterapeuta sejam consideradas.
Qual a melhor forma de tributação para os médicos?
O Simples Nacional é uma opção que pode ser vantajosa para médicos com receita bruta anual até R$ 4,8 milhões. Este regime simplifica o pagamento de tributos em uma única guia, tornando a contabilidade para médicos e profissionais da saúde mais prática. As alíquotas variam conforme a receita, favorecendo as empresas de menor porte.
Já o Lucro Presumido é indicado para médicos que faturam entre R$ 4,8 milhões e R$ 78 milhões. Neste caso, o lucro é presuntivo, ou seja, um percentual da receita bruta é considerado lucro.
Quanto ao Lucro Real, ele é mais indicado para aqueles com receitas mais elevadas ou que desejam deduzir despesas de forma detalhada. Embora ofereça vantagens, exige uma contabilidade mais complexa.
Cada caso é único. Portanto, é recomendado que os médicos consultem um contador especializado para identificar a forma mais adequada de tributação.
Quais os modelos de atuação para médicos?
Os médicos e profissionais da saúde têm diferentes modelos de atuação que influenciam suas relações de trabalho e obrigações fiscais. É importante compreender as características de cada um deles para tomar decisões tributárias pertinentes. A seguir, são apresentados três modelos comuns: CLT, Autônomo e PJ.
CLT
O modelo CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) cada vez mais em desuso, é uma das formas mais tradicionais de contratação. Neste modelo, o médico é contratado diretamente por um hospital ou clínica.
Um dos principais benefícios é a segurança trabalhista, que inclui férias, 13º salário e benefícios de saúde. Essas vantagens garantem um suporte financeiro durante períodos de afastamento.
Entretanto, a remuneração pode ser fixa e limitada, reduzindo a flexibilidade financeira. A contabilidade para médicos e profissionais da saúde que atuam sob esse modelo deve considerar as deduções de Imposto de Renda e a contribuição para a Previdência Social.
Autônomo
No modelo autônomo, o médico atua de forma independente, oferecendo serviços aos pacientes ou parceiros. Essa modalidade proporciona maior liberdade em relação à carga horária e aos valores cobrados pelos atendimentos.
Contudo, a falta de vínculos empregatícios traz responsabilidades fiscais diretas. O profissional deve se atentar à contabilidade, o que inclui recolhimentos periódicos de impostos, como o Imposto de Renda e ISS.
A contabilidade para médicos e profissionais da saúde que optam por essa atuação deve acompanhar rigorosamente as receitas e despesas para evitar problemas com o fisco.
PJ
Na modalidade PJ (pessoa jurídica), o profissional abre uma empresa para prestar serviços. Um dos principais atrativos é a tributação reduzida, que pode resultar em uma carga tributária menor em comparação com o modelo autônomo. Além disso, a possibilidade de emissão de notas fiscais melhora a formalização do trabalho.
Esse modelo exige uma responsabilidade contábil mais minuciosa. A contabilidade para médicos e profissionais da saúde que atuam como PJ deve ser feita com atenção para assegurar a conformidade com as regras fiscais.
Qual o melhor tipo de empresa para médicos?
Ao considerar a estrutura da empresa, é importante identificar a categoria mais adequada para profissionais da saúde. As opções variam conforme o porte e o faturamento.
As empresas no Brasil são classificadas em diferentes categorias com base em seu faturamento e número de funcionários. As microempresas são aquelas que têm um faturamento anual de até R$ 360 mil e podem contratar até nove funcionários.
Já as empresas de pequeno porte apresentam um rendimento bruto que varia entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões por ano, permitindo a contratação de até 49 colaboradores.
Em relação às empresas de médio porte, elas não têm um limite específico de faturamento anual, mas podem empregar até 99 pessoas. Por fim, as empresas de grande porte são aquelas que precisam ter 100 ou mais empregados.
A escolha da categoria impacta a gestão financeira e a contabilidade para médicos e profissionais da saúde. Vale lembrar que a formalização da empresa possibilita benefícios como acesso a linhas de crédito e redução de tributos.
Dicas de contabilidade para médicos
A adoção de boas práticas de contabilidade para médicos e profissionais da saúde é essencial. Confira a seguir algumas orientações para otimizar a gestão contábil e tributária, com o objetivo de garantir eficiência e conformidade.
Prefira atuar como pessoa jurídica
Optar por atuar como pessoa jurídica traz benefícios fiscais e administrativos. Quando um médico se inscreve como PJ, ele pode reduzir sua carga tributária consideravelmente. A tributação é geralmente mais baixa do que a realizada na pessoa física, permitindo uma gestão mais eficiente dos recursos.
Além disso, a formalização como pessoa jurídica possibilita melhor controle financeiro e a separação dos bens pessoais e profissionais.
Isso é essencial para evitar complicações legais e financeiras. Nesse contexto, é recomendável consultar um contador especializado, como os da Condux, para obter orientações personalizadas.
Pague os impostos em dia
Cumprir com as obrigações fiscais é indispensável para evitar penalidades e juros. Atrasos no pagamento de impostos podem resultar em complicações, além de aumentar o montante devido.
Os médicos devem estar atentos aos tributos específicos relacionados à sua atividade, como o ISS (Imposto Sobre Serviços) e o IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica), entre outros.
Preste atenção à DMED
A DMED (Declaração de Serviços Médicos) é um documento que deve ser apresentado anualmente à Receita. Ele contém informações sobre os serviços prestados e os valores recebidos. O correto preenchimento da DMED é primordial, pois a falta de precisão pode resultar em problemas fiscais.
Os médicos e profissionais da saúde precisam registrar todos os atendimentos realizados e os valores correspondentes, garantindo que todas as informações estejam corretas.
Agora você já conhece pontos importantes sobre a contabilidade para médicos e profissionais de saúde. Entre em contato com os contadores e especialistas da Condux para esclarecer suas dúvidas e colocar sua contabilidade em dia!